QUE FALTA EU TENHO DA SOMBRA DA MINHA CASA...
Oh! Que falta eu tenho
Da sombra da minha casa,
Da minha vida querida
Que o tempo não volta mais!
Lazer, que tinha, ventos fortes,
Nas noites ligeiras
Nas águas do riacho
Descendo as serras!
Com seus belos arco-íris
Do amanhecer do dia!
— Olha para o céu e a inocência
Com perfumes das frutas;
O riacho é — curto, calmo,
A água— azulada como o céu,
(...)
Oh! Que falta eu tenho
Da sombra da minha casa,
Da minha vida querida
Que o tempo não volta mais!
Lazer, que tinha, ventos fortes,
Nas noites ligeiras
Nas águas do riacho
Descendo as serras!
Com seus belos arco-íris
Do amanhecer do dia!
— Olha para o céu e a inocência
Com perfumes das frutas;
O riacho é — curto, calmo,
A água— azulada como o céu,
(...)
Que nuvem branca
que dança de alegria,
Sem ser vulgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra cheia de flores
E o sol beijando o riacho!
Dias da minha vida!
Que não voltam!
Que doce a vida não era
Nas manhãs bonitas,
Que eu tinha na roça
Da minha mãe
E brigas com minha irmã!
Livre das montanhas de concreto da cidade,
Da vida aberta à natureza,
que dança de alegria,
Sem ser vulgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra cheia de flores
E o sol beijando o riacho!
Dias da minha vida!
Que não voltam!
Que doce a vida não era
Nas manhãs bonitas,
Que eu tinha na roça
Da minha mãe
E brigas com minha irmã!
Livre das montanhas de concreto da cidade,
Da vida aberta à natureza,
Pés descalços, braços nus
Correndo pelas matas
A roda do riacho,
Atrás das águas ligeiras
Das nuvens azuis!
Naqueles tempos chuvosos
E ir colher os frutos,
Tirava as mangas,
Brincava na beira do riacho;
Rezava o terço,
Achava o céu azul.
Adormecia na cama
E despertava ao amanhecer!
Oh! Que falta que tenho
Da aurora da minha vida,
Da sombra da minha querida Casa
Que vida eu tinha na mata,
Naquelas noites ligeiras
à sombra dos coqueiros
Debaixo das goiabeiras!
Correndo pelas matas
A roda do riacho,
Atrás das águas ligeiras
Das nuvens azuis!
Naqueles tempos chuvosos
E ir colher os frutos,
Tirava as mangas,
Brincava na beira do riacho;
Rezava o terço,
Achava o céu azul.
Adormecia na cama
E despertava ao amanhecer!
Oh! Que falta que tenho
Da aurora da minha vida,
Da sombra da minha querida Casa
Que vida eu tinha na mata,
Naquelas noites ligeiras
à sombra dos coqueiros
Debaixo das goiabeiras!
FRANCISCO IURY E BRISA - TURMA 4204 ENSINO MÉDIO