Alunos do Ensino Médio Técnico em Agropecuária (T. 4206) elaboram textos e trazem reportagens sobre os principais problemas da atualidade que afetam a região do vale São Francisco: Desmatamento da caatinga, os efeitos dos agrotóxicos no Vale e a Poluição das águas do rio São Francisco pelos esgotos. De acordo com a professora Antonise Aquino, o tema proposto "O futuro da Terra" oportunizou a reflexão e a apropriação de uma temática que falasse de aspectos regionais.
Foram realizadas atividades em grupos para leitura e produção textual com meu apoio como bolsista deste Projeto de Extensão. Bárbara Roscelis ( Bolsista PIBEX)
Bioma Caatinga
Atualmente
as devastações do bioma caatinga vem aumentando de acordo com o crescimento
populacional e agrícola. Como
consequência o aceleramento contribui para desertificação e extinção de espécies
da flora e fauna. Os resíduos de agrotóxicos e outros produtos químicos
despejados em aguas correntes prejudica a saúde humana.
As
devastações do bioma caatinga está cada dia mais prejudicada, existindo apenas
11% de sua preservação decorrentes das queimadas e desmatamentos para a
implantação de habitações, agrícola e pecuária. Lembrando que como consequência
existem espécies em alto risco de extinção alguns exemplos são: a aroeira,
umburana, de cambão, umbuzeiro, tatu bola, ararinha azul. O uso de agrotóxicos
é prejudicial tanto diretamente ao ser humano, quanto indiretamente através do
alimento que recebeu o produto. Além do descarte inadequado do produto que em
contato com a agua pode fluir em lagos, rios ou poços e logo em seguida vir a
ser consumida.
Pode-se
reconstituir a fauna e flora, através do plantio e da preservação das espécies
naturais e, diminuindo a caça indiscriminada e o contrabando, com a inclusão de
um projeto para recolhimento correto das embalagens de agrotóxicos, tubulações
para o escoamento dos excessos do produto para um lugar adequado.
- Brunna Luiza, Josyely Bezerra, Mateus Henrique e Jaqueline Gomes.
Turma:
T.4206
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Alunos Gabriela, Clodoaldo, Igor, Janaina da turma 4206 |
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Brunna Luiza, Josyely Bezerra, Mateus Henrique e Jaqueline Gomes. Turma: T.4206 |
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Francisco Micael, Jamis e Alexandre |
Os
efeitos dos agrotóxicos no vale do São Francisco
A
utilização de agrotóxicos no vale do São Francisco possui efeitos adversos que
podem ser positivos no que diz respeito ao aumento da produção agrícola, e
negativos em seus efeitos vindo a prejudicar os trabalhadores, consumidores e o
meio ambiente.
A
utilização dos agrotóxicos, previne o ataque de pragas e de fungos que trazem
problemas a produção, tornando as plantações mais protegidas, e possibilitando
a produção de culturas que naturalmente não seriam possíveis em nossa região.
Como a uva que é originada de regiões frias, que sem a utilização de produtos
químicos para auxiliar a sua floração e crescimento não teria sucesso na nossa
região. O uso de defensivos em excesso causa mal estar e doenças que podem
levar morte aos trabalhadores que passam muito tempo expostos aos mesmos. E a
exposição dos alimentos aos defensivos é tão excessiva que os donos de
plantações não consumem os alimentos que eles mesmos produzem.
Os defensivos que são aplicados acabam
prejudicando muito ao solo, pois os fazendeiros não fazem o vazio sanitário,
que consiste em um período de descanso para o solo, causando erosões e também
danos as fontes de agua, como o rio São Francisco. Pois a chuva leva os
defensivos do solo para os rios envenenando assim, tanto a agua quanto os seres
que nele habitam.
Os
agrotóxicos podem ser benéficos, quanto maléficos, cabe ao produtor ter
sabedoria ao utiliza-lo.
- Camila, Joao Victor, Raryson, Ramon e Katharina. T. 4105
Esgotos poluem o Rio São Francisco
A
população de Juazeiro e Petrolina cobra das autoridades locais uma solução para
a quantidade de detritos que são lançados diariamente pelos esgotos, no Rio São
Francisco. “O problema é sério e merece atenção imediata”. O alerta vem do
ambientalista Vitório Rodrigues, presidente do Conselho Municipal de Meio
Ambiente de Petrolina.
Segundo Rodrigues, o município pernambucano polui mais do que Juazeiro, mas as
duas cidades são responsáveis diretas pela sujeira jogada no rio. “Há três anos
estamos monitorando a água com três pontos de coleta na área central da cidade,
onde são despejados, por segundo, 250 litros de esgoto sem tratamento”,
esclarece.
No
resultado da análise, foi registrada a presença de 16 mil coliformes fecais
para cada 100 ml de água. Petrolina tem, atualmente, apenas três lagoas de
estabilização funcionando das 11 existentes. Em Juazeiro, só existem três, e
muitos dos esgotos no centro da cidade foram desviados para a Ilha de Nossa
Senhora, tirando o problema da vista da população, mas não do meio ambiente.
O
crescimento da densidade populacional resulta em mais produção de lixo, e a
excessiva presença de dejetos nas águas acumula nutrientes que possibilitam o
aparecimento de plantas conhecidas como baronesas, que se aproveitam das águas tranquilas
para uma reprodução rápida. As plantas são responsáveis pela poluição visual,
surgimento de mosquitos e por dificultar a navegação e a oxigenação da água. Em
Juazeiro, a presença das baronesas não é tanta quanto em Petrolina, pois a correnteza
do rio é mais forte na margem baiana. Em Petrolina, o fato pode ser explicado
pela existência de uma zona de refluxo que impede que a planta seja levada pelas
águas do rio.
O
esforço para tentar mudar o quadro poluidor vem de organizações
não-governamentais, escolas, faculdades, colônia de pescadores, Ministério
Público, Ibama e sociedade civil, que preparam campanhas no sentido de
sensibilizar empresas agrícolas, indústrias e poderes públicos para se engajarem
na luta em defesa de um rio limpo.
Um projeto ambiental e urbanístico, ainda sem data de implantação, do Conselho
Municipal de Meio Ambiente de Petrolina pretende revitalizar a orla da cidade
com reflorestamento e recuperação da mata ciliar. Em Juazeiro, o meio ambiente conta com o projeto Juazeiro Verde, que tem por
objetivo recuperar áreas verdes e proporcionar uma vida mais saudável à
população. “Se cada prefeitura fizesse o tratamento dos esgotos, a situação
poderia não ser tão grave”, opina o ambientalista Vitório Rodrigues. Embaixo de uma estrutura que foi ampliada em 1994 e inaugurada como Terminal
Hidroviário, funciona um ancoradouro para as barcas que fazem a travessia de
passageiros das duas cidades. A secretária Telma Rocha Rios mora em Juazeiro,
sempre vai a Petrolina de barca e se diz indignada com a falta de atenção à
limpeza por parte da prefeitura em relação ao local. “Quantas pessoas têm que
fazer a travessia todos os dias e são obrigadas a conviver com lixo e
sujeira?”, argumenta.
O vendedor ambulante José Cesário Souza mantém uma banca de doces há 11 meses
no local, a poucos metros de um dos esgotos da cidade. Com 60 anos e sete
filhos, Souza diz que “a necessidade faz com que a gente não possa escolher
muito. Aqui, o movimento é maior do que o lugar onde eu trabalhava”, comenta.
Ao lado da banca de José Cesário, lavadores de carro trabalham usando a água do
rio, criando poças de lama. Próximo a eles, um rapaz vende frutas numa carroça
e, mais adiante, toda a água suja dos banheiros de alguns bares escorre em
direção ao rio, onde as crianças costumam tomar banho.
A falta de saneamento e a ingestão de água ou alimentos contaminados podem
causar doenças como cólera, febre tifoide, hepatite A, dengue, esquistossomose
e amebíase.
- Reportagem escolhida por: Radamés Dias. T.4206