O
simbolismo foi um movimento que se desenvolveu nas artes plásticas, teatro e
literatura. Surgiu na França, no final do século XIX, em oposição ao
Naturalismo e ao Realismo.
As
principais características do simbolismo é a ênfase em temas místicos,
imaginários e subjetivos; Caráter individualista, desconsideração das questões
sociais abordadas pelo Realismo e Naturalismo; a estética marcada pela
musicalidade (a poesia aproxima-se da música); enquanto a produção de obras de
arte baseadas na intuição, descartando a lógica e a razão. Além da utilização
de recursos literários como, por exemplo, a aliteração (repetição de um fonema
consonantal) e a assonância (repetição de fonemas vocálicos). Simbolismo no
Brasil, teve início no ano de 1893, com a publicação de duas obras de Cruz e
Souza: Missal (prosa) e Broquéis (poesia). O movimento simbolista na literatura
brasileira teve força até o movimento modernista do começo da década de 1920.
Os principais artistas
simbolistas da literatura internacional encontra-se: Charles Baudelaire – autor
da obra As flores do mal (1857) que é considerada um marco no simbolismo literário;
Arthur Rimbaud; Stéphane Mallarmé e Paul Verlaine. Já na literatura brasileira
se destacam Cruz e Souza; Alphonsus de
Guimaraens nas Artes Plásticas: Paul Gauguin; Gustave Moreau; Odilon Redon
Teatro; Maurice Maeterlinck; Gabriele d'Annunzio.- Radamés Dias, Tec. em Agropecuária 4206
Parnasianismo
O Parnasianismo foi um movimento literário que surgiu na França, na metade do século XIX e se desenvolveu na literatura europeia, chegando ao Brasil. Esta escola literária foi uma oposição ao romantismo, pois representou a valorização da ciência e do positivismo. As Características do Parnasianismo: É a objetividade no tratamento dos temas abordados. O escritor parnasiano trata os temas baseando na realidade, deixando de lado o subjetivismo e a emoção; Impessoalidade: a visão do escritor não interfere na abordagem dos fatos; Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia é valorizada por sua beleza em si e, portanto, deve ser perfeita do ponto de vista estético; O poeta evita a utilização de palavras da mesma classe gramatical em suas poesias, buscando tornar as rimas esteticamente ricas; Uso de linguagem rebuscada e vocabulário culto; Temas da mitologia grega e da cultura clássica são muito frequentes nas poesias parnasianas; Uma Preferência pelos sonetos; a Valorização da metrificação: o mesmo número de sílabas poéticas é usado em cada verso; E o uso e valorização da descrição das cenas e objetos.
* Parnasianismo no Brasil:
No Brasil, o parnasianismo chegou na segunda metade do século XIX e teve força até o movimento modernista (Semana de Arte Moderna de 1922).
* Principais autores Brasileiros:
Alberto de Oliveira. Obras principais: Meridionais (1884), Versos e Rimas (1895), Poesias (1900), Céu, Terra e Mar (1914), O Culto da Forma na Poesia Brasileira (1916). Raimundo Correia. Obras principais: Primeiros Sonhos (1879), Sinfonias(1883), Versos e Versões(1887), Aleluias(1891), Poesias(1898). Olavo Bilac. Obras principais: Poesias (1888), Crônicas e novelas (1894), Crítica e fantasia (1904), Conferências literárias (1906), Dicionário de rimas (1913), Tratado de versificação (1910), Ironia e piedade, crônicas (1916), Tarde (1919). Francisca Júlia. Obras principais: Mármores (1895), Livro da Infância (1899), Esfinges (1903), Alma Infantil (1912). Vicente de Carvalho. Obras principais: Ardentias (1885), Relicário (1888), Rosa, rosa de amor (1902), Poemas e canções, (1908), Versos da mocidade (1909), Páginas soltas (1911), A voz dos sinos, (1916).
- Gabriela Cristina. T.4206
O
Simbolismo é um movimento que aprofunda e radicaliza os ideais românticos,
estendendo suas raízes à literatura, aos palcos teatrais, às artes plásticas.
Ele nasceu na França, no final do século XIX, em contraposição ao Realismo e ao
Naturalismo. No intenso contato com a cultura, a mentalidade, as artes e a
religiosidade orientais, os artistas desta época mergulham nestes valores
distintos do pensamento ocidental, mais racional, e espelham em suas criações
esta outra visão de mundo. Sem o Romantismo, com sua oposição ao uso desmedido
da Razão, o Simbolismo não existiria, pois ele se apropria dos princípios
românticos e os aprofunda de tal forma que nem o romântico mais contagiado
pelas raízes desta Escola o faria. Os simbolistas percorrem, assim, caminhos
mais ousados e irracionais, recorrendo ao uso extremo dos símbolos e do
misticismo, empreendendo rumo ao inconsciente uma jornada além dos limites
extremos da razão, um mergulho nos recantos mais ocultos do inconsciente. Os
simbolistas adotavam uma visão pessoal e individualista da realidade, sem se
ater muito aos princípios estéticos então vigentes. Isto lhes valeu o
pejorativo apelido de ‘decadentistas’. Em 1886, porém, a publicação de um
importante manifesto – ‘O Século XX’, do teórico deste movimento, Jean Moréas -
deu ao movimento seu nome definitivo - simbolismo. Na França, esta escola está
intimamente ligada às consequências da Revolução Francesa, que marcaram sua
natureza sociocultural, e às teorias elaboradas pelo Romantismo e pelo
Liberalismo.
Para
os adeptos do Simbolismo, não basta sentir as emoções, mas é necessário levar
em conta também a sua dimensão cognitiva. Esta é a real postura poética,
segundo seus seguidores. Este movimento se reveste igualmente de um marcante
subjetivismo, ou seja, de um teor individualista, em detrimento da visão geral dos
fatos. A musicalidade é um de seus atributos que mais se destaca; assim, os
simbolistas usam ferramentas como a aliteração e a assonância. Além disso, o
Simbolismo revela-se um movimento de caráter transcendental, sempre resvalando
para a imaginação e a fantasia, privilegiando a intuição para interpretar os
dados do real, desprezando a razão ou a lógica.
Os
sonhos são para os discípulos do Simbolismo ferramentas fundamentais para
compreender experiências ancestrais do homem, em épocas nas quais prevaleciam
sensações caóticas e anárquicas, que hoje são relembradas pelo sujeito apenas
em suas experiências oníricas ou nas sessões psicanalíticas. Esta escola é
essencialmente literária, pois realiza no âmbito da Literatura uma completa
renovação. Em Portugal o Simbolismo desembarcou no século XIX, com a publicação
de “O aristo”, de Eugênio de Castro, em 1890. No Brasil, em 1893, publicou-se
“Missal” e “Broquéis”, de Cruz e Sousa. Já a poesia simbolista não repercutiu
no Brasil como o fez na Europa. Na França, o Simbolismo ganhou forças com a
obra “As Flores do Mal”, do poeta Charles Baudelaire, em 1857.