NÃO ERA A HORA!
Lá vem a garoa
Trazendo estilhaços de vento frio,
Formando um nevoeiro
aos corações dos amantes
Calafrios...
Palidez,
Quanta inquietação
no âmago daquelas criaturas!
Não estavam livres,
Apenas presos aos desejos e ao tempo.
O amor queria se instalar
Lentamente,
Com palavras,
Com cumplicidade,
Com chamego.
Chega, não existe lugar para esse risco...
Paciência...
Paciência!
Não era a hora!
- Quem sabe num ‘até breve’?
Mas o chuvisco persistia em umedecer o solo amoroso
Nesse vaivém,
restava o bafo quente do mormaço
e de uma leve desconfiança.
O adeus vem minar os afetos.
Desolados, buscam as últimas lembranças.
E das entranhas não saem mais o choro e o lamentar
As vozes não ecoam mais erudição,
apenas olham para o céu límpido.
Só restou a saudade.
Antonise Aquino
Fevereiro de 2019.
Um comentário:
Que emocionante!
Lindo poema!
As coisas são como são. Na hora certa.
É isso!
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