A VIDA CONTINUA E EM BREVE, ESTAREMOS LIVRES DESTE VÍRUS CRUEL.
A INDESEJADA DAS GENTES
Peço licença a Manuel Bandeira, grande
poeta brasileiro,
para usar a expressão "a indesejada das gentes".
Que corre
solta, sem cabresto, numa vil empreitada.
Estava adormecida, mas a insensatez humana provocou seu
despertar.
Quem sobreviver a ela não será mais como antes.
A indesejada das Gentes percorre mares e continentes e, até
no sertão, vai chegar.
Desta vez, mais impiedosa e sorrateira,
numa velocidade sem
tamanho.
Um punhado lembrará seus efeitos na humanidade.
Alguns rogam para Deus, Alá, aos Anjos e Santos,
o perdão
dos pecados; enquanto outros,
atravessam a tempestade incitando a sina.
A Passos largos, bate à porta dos sertanejos que imploram a
‘bença’ de Padre Cícero.
Para vencer essa Indesejada das Gentes basta ser Caruá e se
esgueirar no aconchego solitário do lar.
Nas frentes de batalha, resistem os
destemidos e incansáveis profissionais de saúde,
os gestores aguerridos com a
causa.
E os iniludíveis não verão sortilégios nem tangos
argentinos.
- Vai Passar! Tomara que sim!
E quando tudo
isso passar, vamos nos deitar à beira do Velho Chico, agradeceremos a Deus o dom da vida,
exaltaremos
o Sol e na Consoada,
contar-lhe-ei
meus desejos mais íntimos.
Antonise Coelho de Aquino-
Petrolina, 29 de abril de 2020
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